Santa Clara de Assis é frequentemente associada a valores que promovem o desenvolvimento humano integral e o bem comum. Do que chegou até nós, da sua vida e da sua ação, podemos (re-)criar um modelo de simplicidade, solidariedade e amor ao próximo que pode ser entendido como uma inspiração para a construção de sociedades mais justas e do desenvolvimento do ser humano singular e inteiro.

O Papa João Paulo II exorta pelo desenvolvimento humano integral, com foco na solidariedade e na procura do bem comum, mostra que a pobreza estrutural impede, cada um dos seres humanos, de alcançarem a plenitude por inteiro  (Sollicitudo Rei Socialis, 1987). O Papa Francisco exorta por uma igreja mais envolvida com as realidades sociais e económicas (Evangelii Gaudium, 2013), o cuidado com os pobres e excluídos da sociedade (Laudato Si', 2015), com especial atenção para os migrantes e os refugiados. A economia global tem de ter em conta os mais pobres num modelo mais humano de crescimento (Fratelli Tutti, 2020).

Cremos que O Privilégio da Pobreza (1216) e Clara de Assis convidam a (re-)inventar o desenvolvimento humano integral, unindo o crescimento individual à construção de um mundo mais solidário e justo, em benefício de todos.

Biografia: 

Doutoranda em História, na especialidade Representações, Poderes e Práticas Culturais da Universidade Aberta, e em Direito, na especialidade de História do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Discente na Licenciatura Ciências Religiosas da Faculdade de Teologia da Universidade Católica.

Licenciada em Direito (1997), e em História, minor em Cultura e Religião da Universidade Aberta (2024). Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2024) e em Escrita e Narração Criativa pela Esneca (2023).

Investigadora no CEG – Centro de Estudos Globais (Religião, globalização e dinâmicas locais).

Participante em Congressos Internacionais e com diversos trabalhos publicados.